domingo, 25 de julho de 2010

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças

O princípio do não apegar-se. Não comprarei nem receberei nada do que eu não possa abrir mão. “Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lc 12.15). Lucas 12.32-34; Lucas 16.13-25; 1 João 2.15-17 O que devo fazer para obedecer a estes versículos?

O princípio da liberdade. Não deverei nada a ninguém, exceto o amor. “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei” (Rm 13.8). Provérbios 22.7 O que devo fazer para obedecer a este versículo?

O princípio da liberalidade. Procurarei, constantemente, oferecer bens para a glória de Deus. “Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a Sete Princípios de Finanças 27 graça de participarem da assistência aos santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus” (2 Co 8.3-5). 2 Coríntios 9.7; Lucas 6.38. O que devo fazer para obedecer a estes versículos?

O princípio da recordação. Manterei registros exatos da maneira como Deus lida comigo no aspecto financeiro, a fim de mostrar aos outros que Deus responde a oração e supre as necessidades de seu povo. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16). Provérbios 27.23-27 O que devo fazer para obedecer a estes versículos?

O princípio da segurança. Economizarei e investirei somente se Deus me guiar a fazê-lo, reconhecendo que abrirei mão de tudo ante à sua mais tênue orientação. “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam” (Mt 6.19, 20). Provérbios 28.8; 1 Timóteo 6.9-11 O que devo fazer para obedecer a estes versículos?

O princípio da compaixão. Não orarei em favor das necessidades financeiras de um irmão, se eu não estiver disposto a ser o instrumento que Deus usará para satisfazer tal necessidade, se Ele o quiser. “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade,
e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade” (1 Jo 3.16-18). Tiago 2.15-17; Lucas 6.30, 38; 2 Coríntios 9.6-15; Provérbios 28.27. O que devo fazer para obedecer a estes versículos?

O princípio do contentamento Ficarei contente com tudo o que Deus se agradar em prover-me, quer seja muito, quer seja pouco. “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.11-13). Provérbios 30.7-9; Mateus 6.24-34; 1 Timóteo 6.8 O que devo fazer para obedecer a estes versículos?
Jim e Pam Elliff

domingo, 11 de julho de 2010

O Objetivo dos Decretos de Deus

O Objetivo dos Decretos de Deus

O objetivo supremo dos decretos de Deus, como de tudo o mais no universo, é a glória do mesmo Deus. O ensino da Bíblia a este respeito é claro como a luz meridiana.

1) A glória de Deus é a mais alta finalidade da criação, conforme a expressão de todos os remidos no seu hino celestial de louvor: "Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas" (Apoc.4:11). "Tão certo como eu vivo, toda a terra se encherá da glória do Senhor" (Num.14:21). "Santo, santo, santo é o Senhor cios Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória" (Is.6:3). "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (Sl.19:1). A Bíblia ensina que tudo foi criado por Deus e para Ele, isto é, para sua glória e para seu prazer. (Veja-se Col.1:16; Prov.16:4; Rm.11:36).

2) A glória de Deus é o supremo fim de seus decretos, tanto na condenação dos ímpios como na salvação dos eleitos, porque Deus será glorificado não só na salvação de seus filhos, como também na derrota de Satanás e de todos quantos Ele representa. "Que diremos, pois, se Deus querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua. glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?" (Rom.9:22-24). "... Nos predestinou para ele... para louvor da glória de sua graça... predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória" (Ef.1:5,6,11,12; veja-se Ef.3:9,10). E as cenas descritas no Apocalipse, onde vemos todos os remidos louvando a Deus e a sua glória, mostram que esta finalidade dos decretos de Deus será alcançada plenamente.

3) A glória de Deus é o objetivo de sua providência. "Por amor de mim, por amor de mim é que faço isto; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória não a dou a outrem" (Ts.48:11). "O que fiz, porém, foi por amor de meu nome, para que não fosse profanado diante das nações, no meio das quais eles estavam" (Ez. 20:9).

4) A glória de Deus foi o alvo da vida e obra de Cristo. "Glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti... Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer" (Jo.17:1,4). A obra da salvação que Cristo veio realizar não dá ao homem nenhuma oportunidade de jactância ou vangloria. A glória é toda de Deus. "Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (1Cor.1:27-31). "Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef.2:8,9).

5) A glória de Deus é o alvo de nossas boas obras. "Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mat.5:16). "Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto" (Jo.15:8). E, por outro lado, quando os filhos de Deus falham, suas más obras contribuem para a desonra de Deus, como no caso de Davi (2Sam.12:14; veja-se Ne.5:9).      

                    Rev. Samuel Falcão

domingo, 4 de julho de 2010

Por que o justo sofre?

Por que o justo sofre?

No âmago da mensagem do livro de Jó, acha-se a sabedoria que responde à questão a respeito de como Deus se envolve no problema do sofrimento humano. Em cada geração, surgem protestos, dizendo: “Se Deus é bom, não deveria haver dor, sofrimento e morte neste mundo”.
Com este protesto contra as coisas ruins que acontecem a pessoas boas, tem havido tentativas de criar um meio de calcular o sofrimento, pelo qual se pressupõe que o limite da aflição de uma pessoa é diretamente proporcional ao grau de culpa que ela possui ou pecados que comete.
No livro de Jó, o personagem é descrito como um homem justo; de fato, o mais justo que havia em toda a terra. Mas Satanás afirma que esse homem é justo somente porque recebe bênçãos de Deus. Deus o cercou e o abençoou acima de todos os mortais; e, como resultado disso, Satanás acusa Jó de servir a Deus somente por causa da generosa compensação que recebe de seu Criador.
Da parte do Maligno, surge o desafio para que Deus remova a proteção e veja que Jó começará a amaldiçoá-Lo. À medida que a história se desenrola, os sofrimentos de Jó aumentam rapidamente, de mal a pior. Seus sofrimentos se tornam tão intensos, que ele se vê assentado em cinzas, amaldiçoando o dia de seu nascimento e clamando com dores incessantes. O seu sofrimento é tão profundo, que até sua esposa o aconselha a amaldiçoar a Deus, para que morresse e ficasse livre de sua agonia. Na continuação da história, desdobram-se os conselhos que os amigos de Jó lhe deram — Elifaz, Bildade e Zofar. O testemunho deles mostra quão vazia e superficial era a sua lealdade a Jó e quão presunçosos eles eram em presumir que o sofrimento indescritível de Jó tinha de fundamentar-se numa degeneração radical do seu caráter.
Eliú fez discursos que traziam consigo alguns elementos da sabedoria bíblica. Todavia, a sabedoria final encontrada neste livro não provém dos amigos de Jó, nem de Eliú, e sim do próprio Deus. Quando Jó exige uma resposta de Deus, Este lhe responde com esta repreensão: “Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber” (Jó 38.2, 3). O que resulta desta repreensão é o mais vigoroso questionamento já feito pelo Criador a um ser humano. A princípio, pode parecer que Deus estava pressionando Jó, visto que Ele diz: “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?” (v. 4) Deus levanta uma pergunta após outra e, com suas perguntas, reitera a inferioridade e subordinação de Jó. Deus continua a fazer perguntas a respeito da habilidade de Jó em fazer coisas que lhe eram impossíveis, mas que Ele podia fazer. Por último, Jó confessa que isso era maravilhoso demais. Ele disse: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (42.5-6).
Neste drama, é digno observar que Deus não fala diretamente a Jó. Ele não diz: “Jó, a razão por que você está sofrendo é esta ou aquela”. Pelo contrário, no mistério deste profundo sofrimento, Deus responde a Jó revelando-se a Si mesmo. Esta é a sabedoria que responde à questão do sofrimento — a resposta não é por que tenho de sofrer deste modo particular, nesta época e circunstância específicas, e sim em que repousa a minha esperança em meio ao sofrimento. A resposta a essa questão provém claramente da sabedoria do livro de Jó: o temor do Senhor, o respeito e a reverência diante de Deus, é o princípio da sabedoria. Quando estamos desnorteados e confusos por coisas que não entendemos neste mundo, não devemos buscar respostas específicas para questões específicas, e sim buscar conhecer a Deus em sua santidade, em sua justiça e em sua misericórdia. Esta é a sabedoria de Deus que se acha no livro de Jó.

R. C. Sproul